Divirta-se!
Os 10 Estados de Vida
Nam Myoho Rengue Kyo
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O Budismo do Buda, de Alexandra David-Neel
Reiki, Florais de Bach e Qualidade de Vida
Postado por Gabriel Meissner às 22:55
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Das religiões orientais, o budismo é uma das que mais tem contribuído para o entendimento da mente, do sofrimento e da busca da felicidade. Por este motivo, a psicologia budista tem sido cada vez estudada inclusive por psicólogos ocidentais, especialmente pela psicologia transpessoal.
Um dos conceitos mais interessantes da psicologia budista são os 10 Mundos. Os 10 mundos resumem os 10 estados mentais que uma pessoa pode experimentar na vida, como sensações subjetivas que resultam do choque do ego com os acontecimentos da vida. O estudo dos dez mundos amplia a compressão que temos de nós mesmos e de nossa busca por crescimento interior.
Todos os 10 estados possuem o seu lado positivo e negativo, com exceção do Estado de Buda, o único exclusivamente positivo. Podemos vivê-los todos no curso de nossas vidas – e mesmo no decorrer de um único dia – em ambos os lados.
A seguir, cada um deles está explicado resumidamente.
Inferno
Este é o estado da miséria e do sofrimento. Predominam sentimentos de medo, pesar, raiva destrutiva ou depressão. Sofrimento e desespero extremos. O indivíduo sente-se preso às circunstâncias de sua vida. O impulso de raiva traz destruição para si mesmo e para os seus semelhantes.
O lado positivo deste estado é o de que, uma vez tendo vivido nele, esta experiência sustenta um desejo de melhorar as suas condições de vida, interiores e exteriores. Como resultado, surge a empatia, ou a compressão do sofrimento dos outros.
Fome
Aqui, o indivíduo é dominado pelos seus desejos e paixões, físicos ou mentais. São desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, que nunca se consegue saciar. Provavelmente, dos 10 estados, é o mais estimulado pela nossa cultura ocidental consumista.
No seu aspecto positivo, o estado de fome é a motivação que temos para melhorar uma situação. É a motivação de pessoas que, como Gandhi, lutaram durante anos sem esmorecer pela realização de um projeto de paz.
Animalidade
O mundo da animalidade é aquele em o comportamento se torna puramente instintivo, faltando o uso da razão, sem a sabedoria para controlar a si mesmo. Neste estado, temem-se aqueles que parecem mais fortes e abusam-se dos que parecem mais fracos. É “a lei da selva.”
O lado positivo deste estado são os instintos de proteção e preservação de si mesmo e dos outros.
Ira
Sensação de ser superior aos outros e desejo de demonstrar esta superioridade. Há agressividade e conflito com os outros. É um estado egóico em que só se consegue olhar para si mesmo, sendo auto-centrado e auto-referente.
Quando positivo, neste estado há a ira contra a injustiça, a paixão e a motivação de lutar contra comportamentos autoritários. Novamente, um bom exemplo aqui é Gandhi, assim como Martin Luther King e outros grandes líderes que figuraram pela luta contra a injustiça.
Tranqüilidade
Constante inatividade, preguiça e passividade. Não há vontade para se concretizar projetos e cumprir com suas tarefas.
No lado positivo, ao invés de passivos, estamos em paz, calmos e razoáveis. Aproveitamos este estado para restaurar as nossas energias, o que diversas vezes é necessário para que se volte à atividade produtiva.
Alegria
É a condição de contentamento e alegria que se sente quando nos libertamos de um sofrimento ou satisfazemos algum desejo. É um sentimento fugaz, que acaba rapidamente e, ao acabar, transforma-se com facilidade no estado de inferno ou fome.
Olhando o lado positivo deste mundo, precisamos dele, de suas felicidades impermanentes e fugazes, pois são necessárias ao nosso equilíbrio psíquico. Porém, o apego a estas experiências levará à imaturidade e ao desapego. Pessoas viciadas em drogas estão permanentemente à busca de prazeres fugazes.
Os primeiros seis estados, ou mundos, do Inferno à Alegria, caracterizam-se por impulsos ou desejos e são muito vulneráveis às inconstâncias da vida. Eles podem ser vividos por todas as pessoas sem qualquer esforço. De fato, sem esforço pelo seu auto-desenvolvimento, estes são os únicos estados em que uma pessoa pode viver, alternando entre um e outro.
Já os próximos 4 estados de vida, não são tão vulneráveis à impermanência e, portanto, à infelicidade. Porém, eles exigem esforço para serem vividos. Esforço pelo auto-conhecimento e pelo desenvolvimento interior, o que requer paciência, tenacidade e concentração.
Erudição
Aqui, o indivíduo busca o aprendizado sobre si mesmo e sobre a vida, através do estudo com professores e com o conhecimento já existente no mundo. Empenha-se em conquistar um estado de contentamento e estabilidade duradoura por meio da auto-reforma e do desenvolvimento.
Embora primordialmente positivo, também pode levar ao auto-centramento e à separação dos outros.
Absorção
Diferentemente do estado de erudição, no estado de absorção o empenho pela auto-reforma não se dá através do estudo das realizações de seus predecessores. Ao contrário, a sabedoria é obtida através de suas próprias observações e experiências, que levam ao entendimento de um aspecto da vida.
Novamente, este estado pode levar ao auto-centramento e à tendência de usar o intelecto, mais do que a sabedoria, para resolver problemas.
Boddhisatva
Neste contexto, Boddhisatva significa uma pessoa que busca a iluminação para si mesmo e para os outros.
No aspecto positivo, há devoção pela felicidade dos outros. Um exemplo notório do lado positivo deste estado é a Madre Tereza de Calcutá.
Porém, facilmente este estado pode se converter em arrogância no caso das pessoas que se sentem superiores àqueles que ajudam e que tentam ajudar sem prestar atenção às reais necessidades das pessoas ajudadas. É comum notar este estado em muitos que decidem trabalhar voluntariamente com caridade.
Buda
Neste estado, a pessoa despertou para a verdadeira natureza da vida e vivencia felicidade e liberdade ilimitadas. Sua alegria é indestrutível, sua sabedoria ilimitada, bem como sua coragem, compaixão, criatividade e força vital.
Este estado é o único que só pode ser vivenciado positivamente e sua função é fazer emergir o lado positivo dos outros nove mundos.
Acredito ser razoável relacionar estes 10 estados de vida, de acordo com o budismo, com os Cinco Princípios do Reiki, mesmo porque o fundador do Reiki, Mikao Usui, era monge budista. De certa forma, viver os Cinco Princípios é um caminho para se elevar o próprio Estado de Buda, o qual, como se disse, faz emergir o lado positivo dos outros estados.
Quer estejamos trabalhando com o conceito de 10 mundos, quer estejamos trabalhando em seguir os 5 Princípios, ambos os trabalhos exigem de nós esforço, paciência e, principalmente, auto-observação. Esta auto-observação, que pode ser impulsionada pela prática da meditação, pela psicoterapia e por qualquer outra forma de interiorização, é sempre a responsável pelo crescimento interior. É preciso aprender a ver a vida de dentro para fora se quisermos nos tornar indivíduos conscientes e manifestar todo o potencial que carregamos dentro de nós desde que nascemos.
Que a sua vida seja repleta de esforço pelo auto-conhecimento, desenvolvimento pessoal e felicidade!
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Postado por Gabriel Meissner às 20:15
Marcadores: Espiritualidade, Reiki, Vídeos
Sonhos podem expressar muitas coisas. Alguns expressam nossos próprios desejos, esquemas e tramas e muitos pensam que sonhos são apenas isso. Mas uma enorme parcela de sonhos expressa outras coisas, em geral aquilo que não queremos ver em nós mesmos, os nossos pontos cegos. Os sonhos parecem ter uma inteligência superior, uma sabedoria que nos orienta, enviado mensagens do inconsciente. Mostram-nos em que aspectos estamos enganados e alertam-nos a respeito de perigos. Predizem eventos futuros. Aludem ao sentido mais profundo de nossa vida e propiciam insights reveladores.
Os sonhos não nos protegem das vicissitudes, doenças e eventos dolorosos de nossas vidas. Mas fornecem uma linha mestra de como lidar com estes aspectos, como encontrar um sentido em nossa vida, como cumprir nosso destino, seguir nossa própria estrela, a fim de realizar o potencial de vida que há em nós.
São o espelho da alma, de nossa vida interior. Como nossa vida interior molda a vida exterior, observar, estudar e compreender nossos sonhos é uma maneira de compreender nossa vida e a nós mesmos.
Como nem sempre é fácil compreender o seu significado, muita gente acaba recorrendo aos famosos dicionários de sonhos. Mas isso não tem muito valor. Os símbolos que aparecem nos sonhos podem significar coisas diferentes para diferentes pessoas. Por exemplo, para uma um porco pode significar a maldade, enquanto para outra pode significar prosperidade. Não há significados universais para cada símbolo em particular. Cada pessoa deve aprender a sua própria linguagem onírica. E isso só é possível estudando os seus próprios sonhos, ao invés de se fiar em dicionários, listas e tabelas.
Todo mundo sonha várias vezes por noite. Porém, não nos recordamos, pois simplesmente não prestamos atenção. Existem técnicas muito simples para aprendermos a recordá-los. Seguem algumas:
#1 - Diário de Sonhos
Mantenha na cabeceira de sua cama, um caderno e uma caneta. Ao acordar, anote nele todos os sonhos de que se lembrar, mesmo que incompletos se não lembrar deles completamente. Caso acorde no meio da noite e lembre de um, registre-o na mesma hora no diário. Não espere o dia seguinte, pois você provavelmente irá esquecê-lo até lá.
Também é uma excelente idéia ler o seu diário antes de ir dormir. Isto fará com que você se conecte ao seu mundo onírico interior e fique mais propenso a recordar seus sonhos depois.
#2 - Recapitulação
Deitado na cama, após ler o seu diário, faça a prática de relaxamento da sua preferência. Se não souber nenhuma, apenas respire profunda e lentamente algumas vezes. Com isso você se livrará do estresse e entrará no estado mental perfeito para ter uma excelente noite de sono.
Comece a se recordar dos acontecimentos do seu dia na ordem reversa. Isto é, comece com o último acontecimento logo antes de deitar, em seguida o anterior e assim sucessivamente até se lembrar do momento em que acordou nesse dia. Este é uma das práticas mais eficientes para ajudar e recordar dos sonhos.
#3 - Intenção
Após fazer a recapitulação, você pode repetir mentalmente a seguinte afirmação ou similar: “Sou um sonhador. Esta noite terei sonhos repletos de significados e ensinamentos. Ao acordar, lembrarei deles com nitidez.”
#4 - Ao acordar
Na hora de acordar, não fique pensando no seu dia-a-dia, no que irá realizar, no trabalho, na faculdade... Foque sua atenção no que sonhou durante a noite.
Seu primeiro pensamento deve ser: “com o que eu estava sonhando?”. Fique na cama, imóvel, e reviva mentalmente o seu sonho. Então, pergunte-se “com o que eu estava sonhando antes disso?”. Repita este processo até lembrar-se do maior número de sonhos que conseguir. Anote tudo o que recordar no seu diário.
#5 - Durante o dia
Se durante o dia lembrar de um sonho que você teve, pare imediatamente e anote-o em seu diário. Não pense que irá lembrar dele depois. Estas memórias somem rapidamente.
Espero que esta curta introdução aos sonhos possa ajudá-lo em seu processo de auto-conhecimento!
Sobre o autor: Gabriel Meissner é Mestre de Reiki e ministra cursos na cidade de São Paulo. É também terapeuta floral, autor de artigos sobre terapias holísticas e espiritualidade e pesquisador de tradições espirituais do ocidente e do oriente. Entre em contato: gabriel.meissner@gmail.com.
Compare Preços De: Sonhos Psicologia Jung Auto-Conhecimento Símbolos
Postado por Gabriel Meissner às 20:28
Marcadores: Espiritualidade, Exercícios, Geral
Por Frank Arjava Petter
Os cinco princípios originalmente estabelecidos pelo Imperador Meiji do Japão (1868—1912) como diretrizes para uma vida realizada foram adotados pelo dr. Usui para serem incorporados à nossa vida e nos ajudar a ser um canal para a energia vital universal. Não são meros códigos morais para serem seguidos obstinadamente.
A supressão dos pensamentos e das emoções nunca será de alguma ajuda para a pessoa em busca de iluminação. Essas diretrizes são simples pedras que pavimentam a trilha em direção ao aumento da consciência espiritual.
Somente hoje....
1) Não se zangue.
Não há nada inerentemente errado com a raiva. É apenas um sinal de que você está tentando nadar contra a corrente natural dos acontecimentos. Quando a raiva bate à sua porta, a maneira mais sensata de lidar com ela é reconhecê-la, observá-la e, ao fazer isso, deixá-la ir para sempre. Uma vez que você pára de se identificar com a emoção, o fogo apaga. Um método muito eficiente de lidar com a raiva e com outras formas de manifestação de energias (aparentemente incontroláveis) antes delas acontecerem é a Meditação Dinâmica (The Orange Book, de Osho. [O Livro Laranja], publicado pela Editora Cultrix, São Paulo, 1986.), que está sendo usada por inúmeros psicólogos ocidentais para o alívio emocional e da tensão. Por meio da catarse controlada, podemos nos livrar de tensões indesejadas.
2) Não se preocupe.
Nós nos preocupamos para nos manter separados do todo, para conseguirmos a sensação de que somos especiais, de que não somos capazes de sentir de outra forma. Nós nos preocupamos em que as coisas possam acontecer diferentemente daquilo que esperávamos, levando em conta apenas as nossas próprias vantagens. A fonte da preocupação é o medo daquela coisa, da qual sempre podemos estar certos: mudança.
Tendemos a ver o resto da humanidade como concorrentes e talvez até como inimigos, em vez de companheiros de viagem. Esquecemos que o universo é uno, e que apenas o ego o despedaça.
3) Seja grato.
Todos sabemos como é difícil ver toda vez cada experiência com novos olhos. Mas, quando por acaso o fazemos, o momento parece eterno e mágico. Ao apreciar conscientemente o nosso ambiente, quer se trate do nosso companheiro ou do menor talo de grama, podemos uma vez mais encontrar-nos nessa extraordinariamente bela história da vida.
O que chamamos de “bom e mau” fazem parte de tudo na vida. Lembro-me de uma velha história que nos foi contada pelo mestre Osho: numa pequena aldeia do interior, vivia um velho que tinha um belíssimo cavalo. Embora fosse muito pobre, ele recusava ofertas para vender seu cavalo, pois o animal tinha se tornado um amigo para ele. Os outros aldeões o achavam excêntrico e estúpido porque ele poderia acabar com sua pobreza vendendo o cavalo. Um dia, o estábulo onde o cavalo ficava foi encontrado vazio. Os aldeões estavam convencidos de que o animal tinha sido roubado e concordaram entre eles que teria sido melhor se o velho tivesse vendido o cavalo. O velho observou que o único fato verificável era que o cavalo não estava no estábulo e disse aos outros que não tirassem tão depressa suas conclusões. Pouco depois, o cavalo voltou por si mesmo, trazendo com ele uma manada de cavalos selvagens. Agora, os aldeões acharam que a boa sorte tinha chegado ao velho, mas novamente ele lhes disse para verem os fatos e não julgar um pequeno fragmento de realidade sem conhecer o todo.
O filho único do velho logo começou a domar os cavalos selvagens. Um dia ele caiu e quebrou a perna. Os aldeões novamente acharam que isso era uma grande calamidade, uma vez que ele era o único a ajudar o pai. Mas o velho continuou fiel ao seu ponto de vista de não julgar. Logo depois, estourou uma guerra contra o reino vizinho e todos os jovens do Estado foram recrutados, exceto o filho incapacitado do velho... Essa história não tem fim.
Nossa tendência é olhar para a nossa vida, e para a dos outros, de uma perspectiva muito estreita, sem conhecer o todo, sem confiar e sem festejar o momento, seja lá o que ele esteja a nos oferecer. Vamos tentar!
4) Trabalhe arduamente (prática de meditação).
Esse princípio não sugere que você faça algum trabalho doze horas por dia. O termo “trabalho árduo” refere-se a trabalhar em nós mesmos, praticando meditação e devotando o nosso tempo ao crescimento espiritual. Os valores espirituais do mundo interior diferem consideravelmente dos valores do mundo exterior. “Trabalhar arduamente” no mundo exterior transforma-se em “devoção” no interior, onde não há lugar para o que é árduo. No mundo exterior, podemos estar trabalhando rumo a uma meta, mas no mundo interior o momento presente é o único tempo que existe. A prática da percepção ou da meditação nas atividades diárias é o propósito de muitas religiões orientais e foi introduzida no Ocidente pelo famoso místico armênio G.I. Gurdjieff, que a chamava de lembrança de si mesmo.
O Reiki, a meu ver, visa alcançar o mesmo estado mental. A meditação não pode ser forçada, mas primeiro a pedra deve ser jogada na lagoa para que as ondulações se movimentem na direção das margens. Depois desses anos todos, a meditação tornou-se um alimento sutil, mas essencial para mim. De fato, é a melhor comida que já provei!
5) Seja gentil com os outros.
Todas as hierarquias foram criadas pelo homem. O que elas causam está aí para se ver: destruição do ambiente, aquecimento global, guerras que nunca acabam e assim por diante. A lista é pungente e sem fim. Olhe para o meio ambiente com amor no coração, e o mundo de novo torna-se um espaço milagroso que se alimenta de amor. É claro que essa diretriz também é para ser compreendida internamente, dentro de si mesmo. A benevolência com todos os seres deve incluir você. De fato, você deve ser a plataforma da qual se lançar na sua jornada de amor. Sábios de todas as eras ficaram conhecidos por “venerarem” seu corpo, para espanto das pessoas ao redor. Mas, encarado por esse prisma, isso não parece de modo algum estranho.
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Postado por Gabriel Meissner às 19:26
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Por Gabriel Meissner
16/12/2007
De vez em quando, gosto de olhar para trás e lembrar do dia em que me tornei reikiano. Aquele dia foi um marco na minha vida e muitas mudanças – profundas, ainda que sutis – ocorreram desde então. Quando lembro de quem eu era na época e de quem eu sou hoje, vejo claramente como me transformei, cresci e amadureci.
E tudo começou com uma simples, mas arrebatadora iniciação, que não levou mais do que 15 minutos! Foi o começo de um longo processo, que continua e continuará por toda a minha vida.
Eu era o único aluno e estava sentado em uma cadeira no meio da sala, com as janelas fechadas, iluminada somente pela chama de uma vela e perfumada por um incenso delicioso. À minha frente, havia uma estátua de Kwan Yin, boddhisattva budista da compaixão, a quem meu mestre, Felipe Argüello, reverencia muito, e que emprestava um clima mais espiritual e elevado a um momento que, por si só, é sagrado.
A iniciação começou com meu mestre me orientando a ficar com as mãos em oração – postura que chamamos “gassho” – e me concentrasse em minha respiração. Fui instruído a fazer uma meditação como preparação ao ritual de iniciação. Nesta meditação, visualizei a energia cósmica do céu entrando pelo alto da minha cabeça ao mesmo tempo em que a energia telúrica da terra entrava em meu corpo pelos pés. Ambas as energias se encontravam e se fundiam na altura do meu coração. Esta simples meditação me colocou em um estado muito sutil de consciência e, então, a iniciação começou.
Foi então que tive a experiência que nunca irei esquecer!
À medida que o ritual de iniciação era feito – de forma muito tranqüila e silenciosa – fui me aprofundando cada vez mais neste estado sutil de consciência. Aos poucos, fui tomando consciência de uma dimensão maior do que eu mesmo e do que o ambiente que me cercava. Ao mesmo tempo em que perdia a percepção clara do local aonde eu estava e de mim mesmo, também me tornava ainda mais consciente de tudo isso e era arrebatado por essa dimensão maior, mais ampla, infinita em sua extensão e em sua tranqüilidade.
Aos poucos, conforte a iniciação chegava ao final, comecei a voltar ao meu estado comum de consciência. Tudo isso, embora tenha ocorrido um espaço de tempo muito curto, pareceu para mim um período muito mais extenso.
Muitas vezes procurei palavras para descrever esta experiência, mas nunca encontrei uma maneira exata. A melhor maneira que consigo descrever esta experiência é que foi como se eu tivesse ido até a lua e depois voltado!
Mas demorou para eu voltar da lua! Lembro que, após a iniciação, ainda estava tocado e afetado pela experiência pela qual passei. Fiquei com o pensamento e o corpo muito lentos. Meus sentidos estavam também lentos e tudo o que eu via à minha frente parecia passar em câmera lenta... Eu ainda não estava “aterrado”, com os pés plantados na terra.
Como meu mestre percebeu que eu estava com dificuldade de voltar ao planeta terra, decidiu me levar para fora da sala de iniciação, para a loja que havia naquele espaço holístico. Lá, ficamos um tempo conversando com o dono do espaço. Na verdade, eles ficavam conversando e eu ficava quase que apenas observando tudo acontecer à minha frente em câmera lenta, lenta, muito lenta...
Isso foi melhor do que tentar me forçar a “aterrar” por meio de exercícios que poderiam fazê-lo. Pois assim pude aproveitar por mais tempo o toque do Reiki no meu Ser, na minha essência. Foi um momento muito importante para mim.
A um dado momento, meu mestre me olhou e, observando o meu estado, brincou:
- Parece até que você fumou um baseado!
Ri muito da brincadeira dele e então aceitei um pouco de café, que me ajudou a voltar ao estado comum de consciência. Afinal, precisávamos prosseguir com a parte prática do curso!
Hoje percebo que a minha iniciação no Nível I do Reiki foi a minha primeira experiência hierofânica, em outras palavras, minha primeira experiência de manifestação do sagrado. Foi neste dia que tive a oportunidade de conhecer por experiência própria – e não apenas pelas palavras de terceiros – a realidade maior em que vivemos. Não digo somente maior do que este plano da matéria, mas principalmente, maior em sentido, em essência, em realização e paz.
Nos 21 dias de purificação após a iniciação, em que fazia auto-aplicações de Reiki diariamente, vivi momentos similares ao da iniciação diversas vezes. A felicidade interior que eu sentia era maravilhosa e arrebatadora! Era uma felicidade incondicionada, sem porque. Eu não me sentia feliz por causa de alguma coisa, de algum evento. Eu me sentia feliz pela própria felicidade! E como é bom aprendermos que não precisamos ter motivo para sermos felizes! Podemos ser felizes somente porque a vida é radiante!
Após os 21 dias de purificação, o ocorrência deste estado foi rareando e, fora a minha insônia ter sido curada para nunca mais voltar, não senti no curto prazo mudanças muito grandes ou significativas. Mas olhando para trás, em retrospectiva, percebo claramente que este foi o começo de uma transformação a longo prazo, tão a longo prazo que nunca acabará!
É claro que a iniciação no Reiki não resolveu todos os problemas da minha vida. Desde então os problemas foram muitos, principalmente emocionais. Mas sei que o Reiki plantou em mim uma semente. E esta semente foi sendo nutrida e aguada por cada evento – tantos os agradáveis quanto os desagradáveis – da minha vida para depois germinar. Hoje esta semente está se transformando em uma árvore frondosa que começa a dar frutos. E não posso jamais deixar de ser grato pela oportunidade que tive em receber esta iniciação e, atualmente, pela oportunidade que tenho em concedê-la aos meus alunos.
Sempre dizemos que o Reiki não transforma ninguém em um ser iluminado e nem necessariamente mais espiritualizado. Isso é bem verdade. Ao mesmo tempo, tenho a firme convicção de que ele planta uma semente no reikiano. Esta semente, se plantada em solo fértil (um indivíduo comprometido com o crescimento interior) e regado e nutrido (pelas experiências da vida), certamente dará seus frutos, espirituais e materiais, como deu a mim e tem dado a tantos outros reikianos no mundo inteiro.
Sem dúvida, ainda tenho muito trabalho no meu desenvolvimento como ser humano. Muitas virtudes a desenvolver e muitos defeitos a curar. E sou sempre extremamente grato por ter o Reiki comigo para me auxiliar nesta jornada!
Sobre o autor: Gabriel Meissner é Mestre de Reiki e ministra cursos na cidade de São Paulo. É também terapeuta floral, autor de artigos sobre terapias holísticas e espiritualidade e pesquisador de tradições espirituais do ocidente e do oriente. Entre em contato: gabriel.meissner@gmail.com.
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Postado por Gabriel Meissner às 13:37
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Março/2004
O trabalho espiritual é o trabalho de harmonização e desenvolvimento de nosso ser como um todo. De corrigir o uso errado que fazemos de nossas faculdades e de desenvolvê-las até o máximo de seu potencial. Um trabalho desta característica não pode negligenciar parte alguma do nosso ser. São duas opções as que temos: ou o fazemos de forma completa ou não o fazemos. Este artigo é dedicado a mostrar um dos motivos pelos quais é assim: o relacionamento íntimo entre espiritualidade e psicologia e sobre como não podemos esquecer a última para trabalhar somente a primeira.
Nós, que nos dedicamos à espiritualidade, é comum buscarmos rapidamente as alturas do Espírito, dando pouca importância à nossa Personalidade. Porém, um estudo e uma percepção mais aguçada, que vai surgindo conforme vamos tentando trilhar o caminho desta forma, nos mostra que não conseguimos chegar ao Espírito sem passar pela Personalidade. Apenas nos resolvendo no imanente podemos almejar o transcendente. Ou, para viver o sagrado, precisamos viver antes o profano em sua plenitude.
Segundo a ocultista e psicóloga inglesa Dion Fortune (1890-1946), poderíamos dividir nosso ser em três partes, nesta ordem: Corpo – Personalidade (Alma) – Espírito (1). Nossa Consciência encontra-se encerrada no Corpo. No trabalho espiritual, tentamos elevá-la às alturas do Espírito. Mas o esquema acima mostra que a Personalidade encontra-se no meio caminho entre o Corpo e o Espírito. Não apenas é a ponte entre a Consciência e o Eu Superior (que encerra-se no Espírito), como também age como um filtro.
A Personalidade filtra a experiência que desce do Espírito para o Corpo/Consciência. Se o filtro estiver sujo, a experiência do Espírito chegará à Consciência deturpada, ocasionando desequilíbrios em nosso ser. Dizer que o filtro está sujo quer dizer que a Personalidade está desequilibrada. Ora, desequilíbrios na Personalidade, todos temos, em maior ou menos escala. Daí a importância de trabalharmos psicologicamente para podermos trabalhar espiritualmente. Das condições da nossa Personalidade é que dependem se a experiência espiritual virá para nos redimir ou para nos condenar (quantos de nós não conhecem pessoas que, ao se dedicarem à espiritualidade, ficaram piores do que estavam, ao invés de melhores?).
Sendo o trabalho psicológico tão fundamental para o trabalho espiritual, penso que escapar do primeiro é, na realidade, fugir do segundo. É iludir-se com nada além de sombras do que realmente seja espiritualidade. Falando de experiência pessoal, o que tenho percebido é que, se não trabalho psicologicamente, os resultados que obtenho com o trabalho espiritual são falsos resultados. Enquanto que se o faço o trabalho psicológico, isto me abre portas no espiritual.
Todo trauma, mágoa etc que carreguemos em nossa Alma/Personalidade representa uma porta fechada a nós mesmos no reino espiritual. Porta que apenas se abrirá quando for resolvida por nós mesmos. Portanto, escapar ao trabalho psicológico não apenas gera, cedo ou tarde, maus resultados no trabalho espiritual, como, na realidade, impede que obtenhamos resultados reais.
Isto não quer dizer que não possamos nos dedicar à Espiritualidade enquanto não estivermos completamente resolvidos psicologicamente (seria muito utópico). Mas que o trabalho psicológico e o espiritual devem se dar paralelamente. O trabalho espiritual sempre auxilia o espiritual. O espiritual, se levar em conta o trabalho psicológico, também pode ajudá-lo. Então, a pergunta que sempre devemos nos fazer é: "o trabalho espiritual que faço está me ajudando a me resolver psicologicamente ou está me fazendo fugir dele?" A resposta desta pergunta determina se estamos trilhando nosso caminho corretamente. Ou, se este é um "caminho com coração" (2).
Como uma vez me respondeu um amigo a quem consultei em um período de confusão, dizendo que não sabia se o que eu fazia no trabalho espiritual era o certo ou o errado: "É simples: se a sua vida vai bem, você está fazendo o certo. Se vai mal, está fazendo o errado." Assim, o melhor parâmetro de avaliarmos os resultados tanto do nosso trabalho psicológico, quanto do espiritual é a vida diária.
(1) Aos junguianos que lerem este artigo, aviso que os termos "alma" e "espírito" não estão sendo usados aqui no sentido que Jung lhe deu, mas em um sentido inspirado pela obra de Dion Fortune.
(2) Carlos Castaneda, A Erva do Diabo, Editora Record.
Sobre o autor: Gabriel Meissner é Mestre de Reiki e ministra cursos na cidade de São Paulo. É também terapeuta floral, autor de artigos sobre terapias holísticas e espiritualidade e pesquisador de tradições espirituais do ocidente e do oriente. Entre em contato: gabriel.meissner@gmail.com.Postado por Gabriel Meissner às 21:15
Marcadores: Espiritualidade
São Paulo, 01/09/04
Em toda tradição espiritual aprendemos que devemos honrar nossos mestres, aqueles que nos ensinaram e se dedicaram a nós, dando-nos um norte e sem os quais talvez estivéssemos como barcos à deriva. Igualmente importante, porém, é aprendermos a nos desapegar de nossos mestres.
Quando procuramos alguém para aprendermos a trilhar nosso caminho espiritual o fazemos porque vemos refletido nesta pessoa uma necessidade interna nossa que ela pode ajudar a satisfazer. Um ensinamento que necessitamos aprender e que, como ela já aprendeu, pode nos passar. E nós então só teremos a ganhar aprendendo com ela.
Ao mesmo tempo, nosso mestre constitui uma individualidade própria e única, assim como nós constituímos outra. E muito daquilo que ele nos ensinará será fruto de sua própria experiência de vida, adequado somente à sua própria história pessoal. No processo de aprendizado com este mestre, é natural que ele use sua história pessoal para nos ensinar. Mesmo que ele não a use como exemplo, sua história pessoal molda seus conceitos e a maneira de passá-lo adiante.
Dessa forma, enquanto aprendemos com ele algo que nos é valioso e que corresponde a um potencial genuinamente nosso e que apenas precisa deste ensinamento para se desenvolver, absorvemos também particularidades que são únicas dele. Estas particularidades passam a se agregar em nosso ser e o confundimos com algo que é natural a nós.
Ora, para nos aprofundarmos em nosso caminho espiritual precisamos conservar e aumentar nossa energia interna, nosso poder pessoal. Nossos contatos no plano espiritual, nossa harmonia com todas nossas relações dependem disso. E um processo importante de nosso aprendizado é nos tornarmos conscientes do quê em nossa vida rouba nossa energia e do quê a estimula.
É facilmente notado que tudo aquilo que vem do exterior e reflete com algo que temos genuinamente no nosso interior estimula, aumenta nossa energia e nos faz progredir em nosso caminho. Por outro lado, é igualmente notado que aquilo que vem do exterior e não reflete com algo genuinamente nosso, rouba nossa energia.
Por isso torna-se importante, de tempos em tempos, passar em revista o que aprendemos com nossos antigos mestres e notar o que deles recebemos é genuinamente nosso e o que não é. Notado aquilo que não for, é preciso esforçar-se para desapegar-se de antigas noções que nos foram passadas que podem servir para o desenvolvimento de nosso mestre, mas impede o nosso. Pois o caminho espiritual é um caminho de morte e renascimento contínuos e matar nossos mestre é uma parte deste processo.
“Por favor, não me agradeça por ajudá-lo – você também me ajudou. Descrever a Fé é como ensinar, mas se você ensinar, então um dia o aprendiz terá de romper com o professor, uma vez que a sabedoria é encontrada apenas na liberdade e ambos, o professor e o aprendiz, não são realmente livres, já que o professor está preso ao dogma para conseguir explicar – e dessa forma abdica da inspiração. A aprendiz tem que seguir o dogma para entender o professor. A sabedoria não é dogmática – e quando o aprendiz se torna sábio ele tem que romper com o professor e interpretar o dogma e a inspiração de sua alma à sua maneira. Portanto, eu explico a você o que sei – mas eu não o estou ensinando, vocês está tirando de mim aquilo de que necessita – e transmutando estas idéias para as suas próprias necessidades.”
Sobre o autor: Gabriel Meissner é Mestre de Reiki e ministra cursos na cidade de São Paulo. É também terapeuta floral, autor de artigos sobre terapias holísticas e espiritualidade e pesquisador de tradições espirituais do ocidente e do oriente. Entre em contato: gabriel.meissner@gmail.com.
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Postado por Gabriel Meissner às 15:33
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Postado por Gabriel Meissner às 09:06
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Em um país em que o espiritismo é muito difundido, é natural que se associe o Reiki ao passe espírita e que se conjeture qual é a atuação de mentores espirituais, enfim, espíritos desencarnados evoluídos, nas aplicações de Reiki.
As opiniões divergem a este respeito, desde aqueles que crêem serem os mentores espirituais são os verdadeiros responsáveis pelas aplicações e iniciações até os que dizem o Reiki prescinde totalmente do seu auxílio e que Reiki nada tem a ver com crença em espíritos desencarnados.
A seguir, direi qual é a minha própria teoria a respeito, mas relembrando que comentei em meu artigo Reiki a distância de que uma boa teoria é apenas uma teoria que nos é suficiente até pensarmos em outra melhor.
Antes, porém, vamos começar com uma perspectiva histórica e lembrar das origens do Reiki.
O Reiki conforme fundado e ensinado por Mikao Usui não considera nem afirma a existência de espíritos desencarnados, a possibilidade de comunicação com eles ou a sua influência sobre os tratamentos e iniciações. De forma que, em suas origens, a fundamentação do Reiki é muito diferente da fundamentação do passe espírita. Para Mikao Usui, o reikiano canaliza a energia vital do universo (Reiki) e não os fluidos espirituais emanados por espíritos.
O que eu penso sobre isso?
Acredito que o Reiki funcione como foi exposto acima, conforme Mikao Usui ensinou, independente da influência de mentores espirituais, seja nas aplicações, seja nas iniciações.
No entanto, acredito igualmente que aonde quer que uma prática de cura energética esteja sendo exercida, mentores de cura serão atraídos e poderão, se acharem apropriado, auxiliar. Este auxílio pode ser de diversas maneiras: emitindo seus fluidos espirituais ao mesmo tempo em que o reikiano canaliza o Reiki, instruindo o reikiano através de intuições, protegendo o local de presenças ou energias indesejáveis etc.
De forma que não creio ser indispensável a atuação de mentores espirituais para que o Reiki funciona, mas que eles ajudam quando são atraídos por um trabalho energético feito de coração.
Não poucos reikianos tiveram experiências que confirmam esta teoria. Eu mesmo tive algumas, em que vi, ouvi ou senti a presença de mentores durante a prática do Reiki.
Assim, se um reikiano possui uma sensitividade ou mediunidade desenvolvida de forma a perceber a influência de seus mentores, acredito ser benéfico que deixe-os atuar livremente, sem tentar “barrá-los”. Apenas acho que a incorporação é muito indesejável nestas circunstâncias e deve ser evitada. Melhor deixar a prática da incorporação para ocasiões mais adequadas a este tipo de trabalho.
Em algumas linhagens de Reiki, como a Usui/Tibetana, ensina-se no Nível IIIa uma meditação para entrar em contato com seus mentores espirituais. Apesar de ministrar cursos nessa linhagem, prefiro não ensinar esta meditação. Na minha opinião, ela pode ser perigosa. Dependendo do estado interior do reikianos, ele pode acabar atraindo espíritos indesejáveis para a sua convivência, desde espíritos levianos até verdadeiros obsessores.
Outro risco é da auto-ilusão. Pode-se fazer a meditação e apenas imaginar um mentor que não está lá e inclusive receber dele ensinamentos, símbolos e práticas que não passam de imaginação da mente do próprio praticante. Estimular dessa forma o animismo irá desviar a pessoa do seu caminho espiritual ao invés de auxiliá-lo.
Desenvolvimento mediúnico é um processo sério, delicado e longo. Não é prudente aprender uma meditação dessas em um workshop de fim-de-semana e depois não ter orientação contínua de um médium experiente para auxiliá-lo em seu caminho. Tratar a mediunidade levianamente apenas traz prejuízos para si mesmo (e, possivelmente, para os outros). Este trabalho é melhor deixar para centros espíritas ou espiritualistas, terreiros de umbanda etc.
Uma crença que alguns divulgam é o de que ao nos iniciarmos no Reiki “recebemos” um ou mais guias que irão nos acompanhar desde momento em diante. Acredito que isto seja um equívoco. Nossas companhias espirituais nós “ganhamos” de acordo com o nosso desenvolvimento espiritual e moral. Não vêm como “brinde” de uma iniciação, seja em Reiki, seja em outro método. Claro que pode acontecer de nossos mentores se aproximarem de nós quando nos iniciamos no Reiki, mas não creio ser este acontecimento uma regra universal.
Escrevi os últimos parágrafos com o intuito de mostrar que o Reiki é diferente da prática do passe espírita, no que diz respeito ao seu método e a sua fundamentação. Claro que existem reikianos espíritas ou espiritualistas e estes podem aproveitar algumas teorias espiritualistas e aplicá-las para explicar alguns fenômenos que ocorrem no Reiki, bem como se valerem da sua mediunidade para perceber a atuação de seus mentores em aplicações e iniciações. Para os que assim procedem, deixo a dica de uma prática que uso de vez em quanto para obter maior harmonia com meus próprios mentores.
Postado por Gabriel Meissner às 23:54
Marcadores: Espiritualidade, Reiki
Escrevi esta oração em 2004, época em que estava mais dedicado à prática do xamanismo. No xamanismo, trabalha-se muito com os elementos naturais e os ensinamentos que seus espíritos detém.
É um caminho em que realmente o praticante se põe em contato com a natureza e aprende com a criação e as criaturas, onde não se vê a separação entre o indivíduo e o seu meio e no qual se percebe na prática que estamos todos relacionados. E, portanto, que não há seres ou espécies superiores às outros. De forma que o praticante de xamanismo sente-se à vontade para aprender com os seres que a civilização ocidental aprendeu, erroneamente, a considerar inferiores ou "primitivos", tais como os animais, plantas, cristais, o trovão, o sol, a lua...
Esta pequena oração resume o que aprendi com o Avô Fogo na minha experiência pessoal com este elemento/espírito. Dada a universalidade deste ensinamento, acredito que possa ser útil a outras pessoas publicá-la aqui. Espero que possa ser útil a você que lê esta postagem agora e que este ensinamento toque seu coração e o ajude a caminhar na Beleza.
Se estiver interessado em conhecer mais sobre o xamanismo, indico o site do Lobo do Cerrado, bem como o site Falcão Peregrino.
Oração ao Avô Sol
Por Gabriel Meissner. São Paulo, 2004.
Avô Fogo,
hoje humildemente te peço:
com seu brilho ilumine minha mente
e ajude-me a ver o mundo e a mim mesmo
além de meus caprichos e desejos;
ensine-me a não deixar meu ego
ser a medida de minha concepção de mundo
e a não considerar que meus semelhantes
estão presos aos mesmos defeitos que eu –
e não me permita crer que eu mesmo
estou preso a estes defeitos.
Ajude-me a sentir e ver meu Espírito
em todos os seres criados e incriados,
a perceber que meu espírito individual
é reflexo e filho do Espírito Universal
e que dessa forma o habitam
todas as visões de mundo e todos os modos de vida,
mas não o habitam a intolerância
e a incompreensão para com meus semelhantes.
Que com este entendimento,
propiciado por você, Avô Fogo,
minha Visão seja sempre ampla, nunca estreita,
para que cada passo meu nesta Terra
esteja em harmonia com o coração de minha Mãe-Terra.
E que quando que me esquecer
destes ensinamentos tão simples,
contemplando-o, possa me lembrar deles
para então voltar prontamente
ao caminho silencioso de meu Espírito.
Compare Preços De Xamanismo
Postado por Gabriel Meissner às 01:11
Marcadores: Espiritualidade
Você já deve ter ouvido falar da Teoria da Reencarnação. Há milênios a teoria do renascimento sucessivo foi parte integrante das maiores religiões, culturas e tradições espirituais do mundo, como o Hinduísmo, o Budismo, o Cristianismo primitivo, a Cabala, a Alquimia, o Espiritismo, o Druidismo, os Celtas, os Cátaros, a Umbanda, a Gnose, o Hermetismo, a Yoga, etc.
Mas a concepção da vida após a morte e das múltiplas vidas do ser humano há muito já deixou de ser um tema puramente místico e espiritualista. Cientistas de várias partes do mundo estudam a possibilidade da existência da alma e dessa alma já ter encarnado em diversos corpos ao longo da História. É a Teoria da Reencarnação posta dentro de uma perspectiva e visão científica.
Alguns Médicos e Psicólogos atuais estão convencidos de que não vivemos apenas uma vez, mas muitas e muitas vezes, e retornaremos ao palco terrestre ainda outras vezes, com o objetivo de aprender com nossos erros e assim evoluir pessoal e espiritualmente. A técnica terapêutica utilizada por esses profissionais é a chamada Terapia de Vidas Passadas.
A Terapia de Vidas Passadas é uma forma de terapia holística baseada no regresso da consciência a fatos e eventos ocorridos antes do nascimento. Para os terapeutas de vidas passadas, é possível lembrar de nossas vidas anteriores através da técnica da regressão de memória, que consiste num conjunto de técnicas de relaxamento e indução a um estado de consciência mais elevado. Durante o processo regressivo, as pessoas podem ter acesso a sua memória anterior ao nascimento físico, e podem se reconhecer como sendo uma outra pessoa, porém, conservando a consciência daquilo que elas são na vida atual.
A Regressão de memória, tal como é utilizada nos dias de hoje, não coloca a pessoa num estado inconsciente, onde supostamente ela estaria subjugada ao terapeuta e enfraquecida em sua vontade. Isso verdadeiramente não ocorre. Na regressão pela via do relaxamento e da visualização, as pessoas submetidas à terapia permanecem conscientes durante todo o tempo, tendo o controle da experiência e podendo interromper a regressão a qualquer momento. Isso é inclusive muito importante no processo de conscientização.
O poder terapêutico da regressão a vidas passadas reside no fato de que a maioria de nós, em nossas vidas anteriores, fomos vítimas de traumas e sofrimentos muito intensos, e toda essa emoção ficou armazenada em nosso inconsciente. Nos dias atuais, essa memória que não reconhecemos objetivamente nos influencia de um modo positivo ou negativo, podendo criar padrões de comportamentos e crenças centrais que se originaram em existências anteriores.
Durante o processo da Terapia de Vidas Passadas (TVP) a pessoa tem a oportunidade de experimentar novamente aquilo que havia permanecido no passado e estava esquecido. Ela terá outra chance de ver e sentir tudo aquilo que passou. Sempre que nos é dado o direito de atravessar novamente uma situação negativa, podemos modifica-la e fazer tudo de uma forma diferente. A dádiva da vida nos capacita a alterar a forma que a vivência ficou armazenada, e liberar toda a carga física, emocional, mental e espiritual que até então estava associada e presa à situação passada.
Toda a revivência produz uma descarga, que é proporcional ao nosso envolvimento com as cenas e acontecimentos passados. Assim, podemos realizar a chamada catarse, que é colocar para fora de nós aquilo que estava retido por experiências de traumas ou acumulação repetida de energias.
Trazendo para a percepção consciente um determinado conteúdo, adquirimos poder sobre ele. Dessa forma, não somos mais controlados por ele, mas assumimos as rédeas da situação. Dentro desse quadro, a influência mais poderosa exercida sobre nós ocorre quando somos incapazes de perceber a sua existência, por estar misturada aos nossos pensamentos, emoções, crenças e ao nosso modo de ser. Por analogia, a propaganda mais sutil é aquela que não aparece como propaganda, mas como mensagem subliminar. A tomada de consciência é onde reside a essência terapêutica da regressão. A esse respeito, consideremos as palavras de Jesus quando diz "Conhecereis a Verdade e Ela vos libertará."
Dentro de nossa linha de atuação em TVP, sempre colocamos a pessoa em contato com seu mestre espiritual. Julgamos que o apoio psíquico proporcionado pelo nosso mentor dá outra dimensão ao trabalho, pois a pessoa sabe que estará resguardada de qualquer tipo de influência negativa durante o processo e terá a sabedoria de um espírito muito antigo auxiliando e cuidando para que tudo corra da forma mais harmoniosa possível. Porém, é um erro depositar todas as nossas expectativas no mestre. Dessa forma, procedem alguns terapeutas de vidas passadas, que investem no mestre-guia toda a responsabilidade de conduzir a TVP. Porém, essa responsabilidade cabe única e exclusivamente ao terapeuta e devemos encarar o mentor ou mestre espiritual apenas como uma inteligência/consciência que está auxiliando positivamente todo o trabalho, impedindo que influências diversas possam atrapalhar a seqüência do processo e conferir confiança e elevação vibratória ao trabalho que estaremos realizando.
Também é possível, com o auxílio do mentor, perceber quantas vidas precisam ser tratadas naquele momento de vida da pessoa, e a quais temas essas vidas estão ligadas. Para fazer esse "diagnóstico espiritual", podemos utilizar imagens mentais, como um anfiteatro onde as vidas se acomodam na platéia, ou uma estrada onde aparece uma tela de visualização.
O Mestre também pode transmitir alguns ensinamentos sobre as principais virtudes que a pessoa pode desenvolver, sempre respeitando o livre arbítrio. É como se o Mestre mostrasse a pendência de aprendizado que a pessoa traz no decorrer das encarnações. Dessa forma, o trabalho sempre remete à responsabilidade da transformação para a conscientização da pessoa sobre as suas próprias brechas e imperfeições. Não importa se encarnamos a figura do Mestre como um espírito muito antigo e evoluído ou como uma sabedoria que reside latente dentro de nós. O importante é que existem forças/inteligências externas e internas que ajudam todo o processo terapêutico.
Pelo nosso método é possível identificar desarmonias de três tipos principais:
É recomendável que não se busque um processo terapêutico tão profundo como a TVP por mera curiosidade, mas sim por uma necessidade real e concreta, que aparentemente não tem explicação nas circunstâncias da vida atual. A pessoa precisa apenas desejar sua cura e aspirar à sua evolução.
Sendo a TVP um conjunto de técnicas tão extenso, ao contrário do que muitos pensam, ela também pode ser preventiva, e não apenas focar nos sintomas ou conflitos já existentes. Para se submeter ao processo regressivo, a pessoa deve estar consciente de que poderá passar por uma profunda revisão de seus conceitos e sua visão de mundo.
Outras pessoas que lêem um texto ou algum livro sobre TVP, ou que simplesmente ouviram falar de regressão através da TV ou de uma palestra, podem ter a impressão de que ao acionar certas memórias e situações do passado que lhe provocaram muita dor e conflito, elas podem aumentar esse sofrimento no momento presente e assim, piorar ainda mais a sua situação. Esse é outro erro que geralmente incorrem algumas pessoas. Desde que Freud começou a estudar e aplicar as técnicas de regressão para a vida atual (Freud não acreditava em reencarnação), seu paciente era conduzido a situações de sua história pessoal onde se confrontava com acontecimentos que ocasionavam emoções tão fortes que sua mente consciente era incapaz de assimilar. Então Freud pedia a pessoa em regressão que atravessasse novamente aquela situação, com toda a emoção original, e dessa forma, pudesse colocar para fora toda a carga emocional reprimida. Freud observou que esse método ajudava seus pacientes a vivenciar novamente um evento que não havia sido plenamente experimentado, pois foi bloqueado por certas restrições mentais que todos nós cultivamos, em maior ou menor grau. Assim, sempre que recordamos as situações traumáticas do nosso passado, com intensidade e descarga, nossa consciência pode liberar as emoções e assim, nos livramos daquela emoção fora de lugar. Existem muitas evidências de que quando tornamos consciente aquilo que ficou inconsciente, adquirimos o controle sobre aquele conteúdo mental, e assim, podemos saber de onde ele vem e como podemos lidar com ele. Dessa forma, toda liberação das cargas de vidas passada se repercute em nossa consciência, podendo nos dar uma falsa percepção de as coisas estão piorando. Porém, da mesma forma que para limpar uma casa precisamos mexer na poeira acumulada, para purificar o psiquismo precisamos dinamizar essas energias, dar-lhes movimento e expressão, para que seja possível a liberação, o tratamento e a tomada de consciência.
E quais seriam os resultados que as pessoas que fazem o atendimento com Terapia de Vidas Passadas podem esperar do tratamento?
Em primeiro lugar, as pessoas começam a compreender a causa ou os motivos de alguns comportamentos que cultivamos no presente. Muitas vezes, algumas pessoas dizem que não compreendem por que agem dessa ou daquela forma. Dizem elas que não gostariam de tomar determinadas atitudes, mas que acabam fazendo aquilo que não queriam por algum impulso que elas não reconhecem a origem. A TVP, sendo uma abordagem que nos faculta conhecer toda a nossa história, dessa e de outras vidas, nos ajuda a encontrar os "nós" de nosso passado, e desatá-los, encontrando os fios que estavam presos a outros fios, como que misturados num todo desarmônico. O motivo oculto daquilo que nos move hoje em dia pode ser desvelado por uma análise regressiva que revele as características daquilo que fomos e do quanto ainda guardamos de nossas personalidades passadas em nossa personalidade atual.
Outro resultado positivo é ter uma nova possibilidade de atravessar situações e fazer uma profunda revisão em nossa vida. Muitos místicos e espiritualistas falam sobre a importância da reforma íntima, na revisão de padrões de comportamento, na reflexão sobre nosso modo de ser e agir no mundo, da transformação do nosso interior, da meditação, etc. Toda essa retomada da história de todas as nossas vidas nos confere autoconhecimento e controle sobre nós mesmos. Assim, não mais iremos agir orientados por impulsos que não conhecemos e não sabemos a origem. Poderemos nos harmonizar em vários níveis e crescer como pessoas, atingindo nossos objetivos.
Além disso, nossa vida poderá se tornar mais leve e menos apegada. No momento em que percebemos que vivemos tantas existências e estivemos em tantas e tantas posições diferentes, os preconceitos relacionados a classe social, cor da pele, comportamento, moral, valores, sexualidade, etc, tudo isto cai por água abaixo, pois nos encontramos em situações do passado onde, muitas vezes, passamos por experiências que condenamos nos dias de hoje. Assim, se eu tenho preconceito contra a raça negra, posso me perceber numa existência em que também fui um negro, e sofri os mesmos preconceitos que hoje eu reproduzo em outros. Se hoje eu sou rico, posso ter sido pobre em outra existência e isso poderá alterar meus valores a respeito da pobreza e encontrar um sentido em todo o sofrimento vivido. Essa perspectiva expande nossa visão e podemos superar certos limites de nossa consciência. Além disso, aprendemos que somos os herdeiros de nossos próprios atos e não há nada que nos ocorra que não tenha um sentido. Nada é por acaso.
Podemos destacar ainda como benefícios:
Além destes, há muitos outros benefícios, que vão do mais palpável ao mais sutil, do físico ao emocional, e também o espiritual. O mais importante é saber que a TVP é uma terapia que atua nos diversos níveis do ser humano, e pode se configurar como uma nova abordagem do corpo, da mente e do espírito.
Compare Preços De Vidas Passadas Terapia de Vidas Passadas TVP Reencarnação Roger Woolger Brian Weiss Apometria
Postado por Gabriel Meissner às 16:07
Marcadores: Espiritualidade, Geral